Moradores de mais de 20 comunidades participaram de levantamento do Instituto Data Favela, que aponta hábitos de consumo e impacto na economia local
Pesquisa revela força econômica das favelas de Belém

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Favela, em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), percorreu mais de 20 comunidades de Belém, incluindo Jurunas, Canudos, Sacramenta, Pedreira, além dos distritos de Icoaraci e Outeiro, para mapear o comportamento de consumo e o poder econômico das periferias da capital paraense.
Durante os dias 4 a 6 de julho, 50 pesquisadores treinados atuaram em campo, ouvindo moradores para entender hábitos, preferências, costumes e formas de aquisição de bens e serviços. O levantamento faz parte de um dos maiores estudos já realizados nas favelas brasileiras e busca quebrar o estigma de que a favela representa apenas carência, destacando-a como potência econômica e criativa.
De acordo com o presidente da CUFA Pará, Jorge Carvalho, o levantamento valoriza a identidade da periferia paraense.
Todos os dados coletados foram enviados ao banco do Data Favela e os primeiros resultados serão divulgados em 18 de julho, em São Paulo. A partir dessa data, os recortes regionais, como o do Pará, terão divulgação específica.
A pesquisa também reforça os dados do último Censo, que revelou que Belém e Manaus possuem mais da metade de suas populações vivendo em áreas consideradas favelas. O levantamento é um passo importante para políticas públicas mais alinhadas à realidade das periferias e para o reconhecimento da sua relevância econômica e cultural.
Com informações do G1 Pará.