Quem esperava uma novidade acabou se frustrando. O PSC decidiu queimar etapas e tratou de investir no que já conhecia.
Papão sem novidades no front

Contratou Márcio Fernandes, após uma busca que se estendeu a pelo menos uma dezena de técnicos. A prioridade é retomar a vida normal e perder o mínimo de tempo possível na preparação do time para os próximos jogos da Série B.
Márcio já passou pelo clube três vezes nos últimos três anos. Nas duas primeiras passagens, em 2022 e 2023, saiu chamuscado, atordoado por maus resultados e bombardeado por críticas ferozes. Da última vez, porém, saiu de forma surpreendente, pois tinha conduzido a campanha na reta final do Brasileiro 2024, saindo-se bem.
De temperamento tranquilo, fala mansa e jeito conciliador, Márcio talvez seja o nome ideal para o atual momento do clube. Havia necessidade de acalmar os ânimos, depois dos embates e conflitos de vestiário após a dolorosa derrota de virada para o Volta Redonda, na sexta-feira passada.
A saída de Claudinei Oliveira, motivada pelo desgaste das cinco derrotas consecutivas, não podia levar à contratação de um técnico de características mercuriais, do tipo que fala alto, faz bravata e bate na mesa. Nesse sentido, Márcio Fernandes se encaixa na definição buscada pela diretoria bicolor. De certo modo, lembra o estilo de Claudinei.
Algumas coincidências embalam os otimistas de plantão. Márcio, no ano passado, chegou na 26ª rodada e conquistou sete vitórias em 13 rodadas, números que se repetidos agora asseguram a permanência do time na Série B. O problema é que, em 2024, Márcio pegou o PSC com 27 pontos na 15ª colocação, mas agora o time tem 21 pontos e está na lanterna.
O desafio é gigantesco, embora matematicamente possível de ser superado. Como no ano passado, Márcio chegou ontem, 9 de setembro. Repetiu a mesma crença em recuperação, avaliando que existem “totais condições de conseguir mudar esse cenário”.
Aos poucos, surgem informações sobre os técnicos que o PSC procurou e que recusaram a proposta. Marcelo Cabo, Gerson Gusmão, Evaristo Piza, Higo Magalhães, Cauan de Almeida e Umberto Louzer foram os primeiros sondados e a recusa teve a ver com o risco de rebaixamento (91%, segundo projeções). Márcio foi escolhido porque conhece o clube e parte do elenco, e foi o que se mostrou mais interessado.
Pescador é nova aposta para melhorar a criação
O Remo tem hoje três Nathan no elenco – Camargo, Santos e Pescador. Ex-atleta do Atlético-MG, onde viveu sua melhor fase, e do Grêmio, onde não foi tão bem, Nathan Pescador chega com ambição de conquistar a titularidade no meio-campo azulino, oferecendo uma nova alternativa para Antônio Oliveira.
É provável que a estreia de Nathan Pescador seja em Goiânia, sábado, diante do Vila Nova. Terá concorrência de Panagiotis, Régis, Jaderson e Yago. Dois ainda não estrearam, dois estão no elenco há mais tempo. Dodô segue no grupo, mas nem é relacionado para os jogos.
Jogador com experiência de atuação pelos lados e apoiando o ataque, Pescador pode ser uma opção para entrar na posição que foi ocupada por Diego Hernández nos dois últimos jogos. O bom momento do time, em quinto lugar no campeonato, inspira e desafia quem está chegando.
Nathan tem treinado com os companheiros desde o dia 2 de setembro e, aos 29 anos, é uma boa aposta para entrar na equipe, oferecendo recursos técnicos que o setor de criação exige e que é uma carência antiga do Remo.
Seleção dos ‘bonzinhos’ termina em 5º lugar
Nunca a Seleção Brasileira foi dominada por tanto jogador bonzinho, o chamado assim-assim, que não brilha e não faz a diferença. Não há nenhum super craque, apenas um astro (Vini Jr.) e um monte de medianos. São pelo menos 10 ou 12 jogadores que podem ser definidos dessa forma. O problema é anterior a Carlo Ancelotti. Antecede também as passagens de Fernando Diniz e de Dorival Júnior pelo escrete.
Tite, nas campanhas para as Copas de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar), ainda desfrutou de alguns lampejos de Neymar como jogador de ponta. Depois, nem isso. O tempo vem se encarregando de mostrar o verdadeiro nível da atual geração. Bruno Guimarães, Paquetá, Richarlison, Caio Henrique, Andrey, Fabricio Bruno etc. etc. Complicado.
O 5º lugar nas Eliminatórias expressa bem o atual momento técnico da Seleção e do futebol no Brasil. A derrota de ontem, na altitude boliviana, não pode ser considerada, mas não esconde o fato de que alguns jogadores são muito limitados.
A esperança em relação à Copa-2026 fica por conta dos coelhos que Ancelotti pode tirar da cartola. Não mais que isso.
f9nte: Blog do Gerson Nogueira