A boa performance do Remo no Brasileiro da Série B é novamente colocada à prova, hoje à noite (21h35), contra o Avaí.
Leão pressionado a vencer

Será a quarta partida da equipe em Belém sob o comando de Antônio Oliveira. Nas anteriores, uma derrota (PSC) e dois empates (Cuiabá e Grêmio Novorizontino). A necessidade de reeditar as boas atuações do início da competição gera uma pressão pelo resultado sobre o time azulino, que ocupa o 7º lugar.
Um triunfo sobre o Avaí significa subir duas posições, voltando à quinta posição, pois não conseguiria ultrapassar a Chapecoense (4º lugar), que tem 29 pontos, mas conquistou nove vitórias.
Aliás, o excesso de empates (8) é o maior problema do Remo na competição, cujo primeiro quesito de desempate é o número de vitórias. Time que mais empatou partidas, o Leão lamenta o desperdício dentro de casa, quando deixou escapar vitórias possíveis.
É justamente para evitar um novo tropeço que a equipe deve ter uma postura agressiva contra o Avaí, que perdeu fôlego, mas continua colado ao Leão. A equipe de Jair Ventura é a oitava colocada, com 25 pontos.
Com Cantillo confirmado no meio-campo, o Remo tenta estabelecer um equilíbrio no trabalho de ligação entre defesa e ataque, com o objetivo de criar oportunidades para o trio de atacantes, formado por Matheus Davó, Pedro Rocha e Marrony.
Nas três últimas rodadas, o time empatou com Cuiabá, Chapecoense e Novorizontino, demonstrando extrema dificuldade em controlar o jogo, problema provocado em grande parte pela baixa produção dos setores de meio-campo e ataque.
Oliveira, cobrado excessivamente pela torcida, sabe que o time não pode perder mais pontos em casa, sob pena de comprometer o planejamento para a reta final do primeiro turno. As projeções são de obtenção de 30 pontos para encarar o segundo turno com fôlego para buscar o acesso.
As ações pelos corredores laterais, grande trunfo do Remo nas 11 primeiras rodadas, foram substituídas por tentativas de inversão de jogadas e troca de passes junto à área. Em situação extrema, o time abriu mão das triangulações e abraçou os cruzamentos, quase sempre sem direção.
Foi o cenário do 2º tempo contra o Novorizontino, na semana passada. O Remo atacava com até cinco jogadores, mas era ineficiente na pretensão de romper as linhas de marcação. As jogadas chegavam até a linha da grande área e não avançavam, por absoluta falta de inspiração.
A esperança do torcedor é que o time seja mais intenso e competente na busca pelo gol. Além de seus principais destaques, Cantillo e Pedro Rocha, o Remo pode ter a estreia do lateral Nathan e do atacante Diego Hernandez.

No sufoco, Papão arranca empate importante
O empate final testou (e confirmou) a capacidade defensiva do PSC, jogando ontem à noite, em Manaus. Dominante no 1º tempo, com chute na trave no começo da partida e gol de Diogo Oliveira, o time de Claudinei Oliveira viu-se obrigado a recuar em função da expulsão do zagueiro Novillo. O 2º tempo foi todo do Amazonas, que empatou e esteve perto de virar. Nas circunstâncias, o resultado foi excelente.
Com o Amazonas muito encolhido, sem ameaçar até os 27 minutos, quando Kevin Ramírez arriscou de longe, o PSC se impôs e assumiu o controle. O cenário era inteiramente favorável aos bicolores. Aos 29’, Maurício Garcez invadiu a área pela esquerda e deu um passe rasteiro para o centroavante Diogo Oliveira tocar para o gol.
No final do 1º tempo, com auxílio do VAR, o zagueiro Novillo foi expulso após cometer falta dura em Henrique Almeida. O Amazonas se empolgou e Durmisi cruzou com perigo, mas Reverson afastou na pequena área.
Com um jogador a mais, o Amazonas voltou para o 2º tempo botando pressão no PSC. Teve uma boa chance com Kevin, mas a bola saiu por cima da trave. Aos 5 minutos, Diogo Oliveira foi lançado, ganhou espaço e mandou um chute violento no travessão.
Aos 8’, o esforço da Onça se converteu em gol. Joaquín Torres fez cruzamento, a bola resvalou no volante Anderson Leite e entrou. A virada quase aconteceu com Zaballa, que foi acionado na área e chutou muito perto do gol de Gabriel Mesquita.
Bruno Ramires quase marcou aos 15’, cabeceando para o gol, mas Gabriel apareceu bem para defender. O PSC se mantinha recuado para segurar as investidas. Aos 29’, Bruno ajeitou para Larry disparar rente à trave.
O Amazonas empilhou chances aproveitando o recuo do Papão. Aos 34’, Zaballa cruzou para Gabriel Novaes, que desperdiçou a melhor oportunidade da segunda etapa. Fabiano arriscou de longe aos 40’, mas o chute saiu sem direção.
Uma das raras chegadas do time paraense foi através de Matheus Vargas, que bateu de fora da área. A última chance, já no período de acréscimo, mostrou que Gabriel Mesquita estava mesmo inspirado, salvando o Papão em cabeceio fulminante de Kevin Ramírez.
Apesar do sufoco, o time manteve a invencibilidade e a recuperação dentro do campeonato, conseguindo se manter fora da zona do rebaixamento, agora com 19 pontos conquistados.
(Coluna publicada na edição do Bola desta quinta-feira, 24)
Fonte: Blog Do Gerson Nogueira