Três versões iniciais da narrativa do novo GTA foram descartadas por serem sombrias demais, provocando tensão interna e contribuindo para a saída do cofundador.
Histórias rejeitadas de GTA 6 levaram Dan Houser a abandonar a Rockstar, indica rumores

Introdução — O peso da narrativa no desenvolvimento
Grand Theft Auto é reconhecido por suas histórias urbanas, críticas sociais e personagens complexos. Desde seu início, a série se destacou por criar enredos impactantes, muitas vezes assinados por Dan Houser. Para GTA 6, no entanto, o desenvolvimento das narrativas revelou-se tumultuado — e teria sido um dos motores por trás da saída de Houser da Rockstar.
Nos últimos dias, surgiram relatórios sugerindo que a Rockstar e sua empresa‑mãe, a Take‑Two, rejeitaram três roteiros diferentes — todos escritos ou conduzidos por Houser — por considerá-los muito sombrios e pesados. O que era promessa de histórias maduras acabou travando o projeto e causando um racha criativo no estúdio.
Versão após versão — Entenda o que foi descartado
Segundo o jornal The Information, em um dos roteiros iniciais de 2016, o jogador controlaria três protagonistas sombrios: um policial corrupto de Vice City, seu filho confuso e um aliado de cartel. O enredo aprofundaria dilemas morais ásperos, mas foi considerado excessivamente pessimista psu.com+4m.economictimes.com+4timesofindia.indiatimes.com+4facebook.com+11polygon.com+11timesofindia.indiatimes.com+11tweaktown.comtimesofindia.indiatimes.com.
Após o primeiro rascunho, dois outros scripts vieram à tona. Cada um tentou suavizar o tom, alterando protagonistas e estrutura, incluindo até uma policial investigativa e um braço direito de traficante. Ainda assim, nenhum agradou os chefes da Take-Two, que solicitaram narrativas mais leves ou equilibradas .
Essa série de reprovações teria contribuído para o desgaste criativo de Houser — incidente que coincidiu com sua saída formal da empresa em 2020, após o lançamento de Red Dead Redemption 2.
Impactos no cronograma e na equipe
A rejeição de tramas complexas e maduras implicou em atrasos e retrocessos no desenvolvimento — um dos fatores apontados para o adiamento de GTA 6, atualmente previsto para maio de 2026 facebook.com+4neogaf.com+4timesofindia.indiatimes.com+4timesofindia.indiatimes.com+2pt.wikipedia.org+2m.economictimes.com+2. A mudança de direção também pode ter gerado insatisfação na equipe, levando à saída de outros nomes-chave que estavam alinhados com Houser.
Isso sugere que a narrativa do jogo passou por uma reestruturação interna profunda, priorizando roteiros que equilibrassem violência, humor e apelo comercial.
O desafio de equilibrar profundidade e mercado
GTA sempre caminhou na tênue linha entre crítica social e entretenimento atrevido. Mas para um projeto bilionário — com orçamento estimado na casa dos US$ 1–2 bilhões —, a Take‑Two adotou uma postura cuidadosa. Histórias excessivamente sombrias, como as apresentadas inicialmente, poderiam afastar o público ou gerar controvérsias indesejadas.
A rejeição das versões iniciais evidencia a tensão entre visão criativa e exigência de mercado: roteiros maduros demais podem ser artisticamente valiosos, mas difíceis de vender globalmente — especialmente num momento em que os games permeiam audiências mais diversas.
A narrativa redefinida de GTA 6
A saga dos roteiros rejeitados reforça um ponto importante: nem sequer um cofundador pode impor visão criativa total dentro da indústria. GTA 6, ao que tudo indica, será fruto de um consenso editorial entre os criadores e os executivos da Take‑Two. Isso não significa falta de identidade — apenas uma adaptação às demandas atuais de consumo.
Resta agora a pergunta: será que as versões finais terão a mesma carga dramática e crítica esperada pelos fãs de longa data? Ou veremos uma proposta mais contida, voltada para o sucesso e longevidade comercial?
Por Redação Diário do Norte