Oito décadas após o horror, Hiroshima e Nagasaki ainda carregam as cicatrizes deixadas pelos bombardeios nucleares de 1945. As duas cidades japonesas foram atingidas por bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos nos dias 6 e 9 de agosto daquele ano, matando instantaneamente mais de 100 mil pessoas e deixando dezenas de milhares com sequelas físicas e psicológicas por toda a vida.
Hiroshima e Nagasaki: 80 anos depois das bombas atômicas

Hoje, 80 anos depois, as cidades se transformaram em símbolos globais de paz e reconstrução.
Como estão hoje?
Hiroshima é uma metrópole moderna com cerca de 1,2 milhão de habitantes, vibrante e bem estruturada, mas que mantém viva a memória da tragédia. O Parque Memorial da Paz de Hiroshima, que abriga o famoso Domo da Bomba Atômica, é um dos principais marcos da cidade — declarado Patrimônio Mundial pela Unesco.
Nagasaki, por sua vez, conta com aproximadamente 400 mil habitantes e também investe fortemente na preservação histórica. O Museu da Bomba Atômica de Nagasaki e o Parque da Paz atraem milhares de visitantes todos os anos, muitos dos quais em busca de reflexão e aprendizado.
Lições que perduram
Ambas as cidades promovem uma política ativa de educação para a paz. Eventos, museus, memoriais e campanhas permanentes reforçam o compromisso com o desarmamento nuclear e a não repetição do que aconteceu.
Além disso, sobreviventes das explosões — conhecidos como hibakusha — continuam relatando suas histórias como forma de conscientizar as novas gerações sobre os horrores da guerra.
Avanços e desafios
Apesar da reconstrução, os impactos da radiação, traumas e perdas familiares ainda afetam descendentes e comunidades locais. As cidades, no entanto, tornaram-se exemplos de resiliência, com desenvolvimento urbano sustentável, transporte eficiente e cultura vibrante.
Um apelo global
À medida que o mundo enfrenta novas tensões geopolíticas e riscos de proliferação nuclear, as memórias de Hiroshima e Nagasaki ganham nova urgência. Não se trata apenas de relembrar o passado, mas de reforçar o compromisso com um futuro de paz, justiça e responsabilidade histórica.