Após vídeo sobre “adultização”, Felca relata ameaças de morte; Justiça aciona Google e Congresso reage

O caso ganhou repercussão nacional após reportagem do Fantástico (TV Globo) neste domingo (17), e foi detalhado pelo Olhar Digital.

O que aconteceu

No vídeo “Adultização”, Felca critica criadores e plataformas por monetizarem exposições impróprias de menores. Desde então, ele afirma receber intimidações, incluindo mensagens com ameaças diretas de morte. Em entrevista, o influenciador disse que não pretende recuar, citando inclusive que decidiu expor o tema por conhecer vítimas de abuso na infância.

Medidas judiciais e investigação

A Justiça de São Paulo determinou que o Google forneça dados que possam identificar autores das ameaças contra Felca; o descumprimento pode gerar multa. A ordem judicial foi confirmada neste domingo (17).

No âmbito criminal, o tema veio à tona em meio a prisões ligadas a suspeitas de exploração de menores em redes (caso Hytalo Santos), o que aumentou a pressão por respostas do poder público.

Reação no Congresso

A mobilização após o vídeo motivou 70 senadores a assinarem pedido de CPI para investigar sexualização/“adultização” de crianças nas redes e a atuação das plataformas. A Rádio Senado e outros veículos registraram a articulação na última semana, e a Câmara também incluiu o tema na pauta.

O que é o “algoritmo P”

Termo popularizado por Felca, descreve como algoritmos de recomendação podem induzir a propagação de conteúdos que sexualizam menores, criando ciclos de engajamento nocivo e facilitando a ação de predadores. Especialistas ouvidos pela CNN Brasil explicam o conceito e seus riscos.

Quem é Felca

Felipe Bressanim Pereira, 27, criador de conteúdo paranaense, acumula audiência massiva em vídeos de humor e crítica de internet — e nas últimas semanas concentrou sua pauta em segurança infantil online. YouTube

Por que importa

O caso escancara um vazio regulatório: enquanto redes escalam pela lógica do engajamento, filtros e salvaguardas para proteção de crianças nem sempre acompanham a velocidade dos fenômenos virais. A combinação de pressão social, investigação criminal e ações judiciais indica que o debate deve avançar para responsabilização de agentes (criadores, intermediários e plataformas) e transparência algorítmica.

Orientações úteis (para pais e responsáveis)

  • Ative controles parentais e limite de idade nas contas.
  • Revise recomendações e histórico de busca dos filhos.
  • Denuncie conteúdos impróprios nos canais oficiais das plataformas e ao SaferNet / Delegacias de Crimes Cibernéticos.
  • Construa diálogo: ensine crianças a identificar conteúdos inadequados e a pedir ajuda.

Acompanharemos a evolução do caso e atualizaremos esta matéria conforme novas decisões judiciais, ações do Congresso e respostas das plataformas.

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