Rede Sustentabilidade rebate acusações e reafirma compromisso com ética e democracia Interna

A Comissão Eleitoral da Rede Sustentabilidade, escolhida em reunião do pleno do Elo Nacional, instância máxima de decisão partidária, divulgou nesta terça-feira (11) uma nota oficial que esclarece questões relacionadas à realização das conferências estaduais, distritais e municipais do partido. Em meio a acusações e disseminação de informações falsas, a Comissão reafirmou o compromisso com a ética, a legalidade e a democracia interna, destacando que todo o processo foi conduzido em conformidade com o estatuto partidário e as resoluções da Direção Nacional.

Conferências e Legalidade

De acordo com a nota, o processo de organização das conferências foi previamente definido em reunião da Direção Nacional do partido. Nesta ocasião, foram aprovados tanto a composição da Comissão Eleitoral quanto o regimento interno que orientaria os procedimentos. A Comissão destacou que ambos os dispositivos seguiram rigorosamente o estatuto do partido, garantindo a legitimidade e a legalidade do processo.
No entanto, a realização das conferências enfrentou desafios em algumas localidades. Segundo o comunicado, certas plenárias não conseguiram atingir o quórum regimental necessário para deliberações, enquanto outros sequer contaram com a presença de congressistas no local previamente divulgado. Enfática, a Comissão Eleitoral declara que, nesses casos, não será possível homologar as respectivas conferências, seguindo o regimento interno e as diretrizes estabelecidas pela Direção Nacional.

Acusações e Disseminação de Fake News

Em tom enfático, a Comissão rebate acusações feitas pela minoria contra a condução do processo eleitoral interno. Segundo o comunicado, dirigentes do grupo minoritário do partido estariam, cientes de sua potencial derrota na Conferência que se avizinha, de forma deliberada, tentando tumultuar os procedimentos ao disseminar informações falsas na imprensa e entre filiados. De acordo com a nota, esses dirigentes “plantaram” notícias inverídicas como forma de desqualificar o trabalho da Comissão e gerar instabilidade no partido e espalham as mesmas inverdades em grupos de discussão, atingindo moralmente os porta-vozes nacionais da legenda, Heloísa Helena e Wesley Diógenes.
As acusações, classificadas pela Comissão como “fake news”, incluem alegações de que os porta-vozes da Rede estariam descumprindo o estatuto partidário. A nota ressalta que tais acusações não têm fundamento e que os responsáveis por sua disseminação estariam buscando criar falsas polarizações entre lideranças nacionais do partido. O objetivo, segundo a Comissão, seria rebaixar o debate interno e desviar a atenção “dos verdadeiros temas de interesse da Rede Sustentabilidade”.

Compromisso com Transparência e Medidas Legais

Diante do contexto de ataques e desinformação, a Comissão Eleitoral reafirmou seu compromisso em garantir a lisura e a transparência de todo o processo eleitoral do partido. A nota enfatiza que a Comissão continuará zelando pelo cumprimento do estatuto, do regimento interno e das resoluções da Direção Nacional, mesmo diante de tentativas de desestabilização.
Além disso, a Comissão não descartou a adoção de medidas legais cabíveis contra calúnias e difamações que maculem seus dirigentes e prejudiquem o andamento do processo. A nota deixa claro que o Congresso Nacional da Rede será realizado, em março, com total transparência e que o objetivo é escolher o melhor projeto para conduzir o partido rumo ao futuro. “O que está em jogo não é uma disputa de nomes, mas de projetos de país; o que temos que debater é o que fazer para acabar com a desigualdade, para no momento em que o mundo está vivendo de um novo ciclo de avanço de forças reacionárias, respeitar a democracia e o meio-ambiente e enfrentar o problema das mudanças climática; esse debate que nos interessa”, afirmou Andrea Amador, reeleita porta-voz da Rede em Belém.

Disputa Interna e o Futuro da Rede

A manifestação pública da Comissão Eleitoral ocorre em um momento decisivo para a Rede Sustentabilidade, que se prepara para a realização de seu Congresso Nacional. O evento é uma oportunidade ímpar para que o partido avalie suas estratégias, diretrizes e lideranças, sobretudo em um cenário político nacional cada vez mais polarizado. A disputa interna, apontada na nota como uma tentativa de desestabilização, reflete também o “desespero da minoria, Rede Vive, diante do avanço substantivo que a Rede pela Base, grupo majoritário, vivência nesse momento”, relatou Elson Lourinho, porta-voz do partido no Pará.
Apesar das tensões, a Comissão Eleitoral demonstrou confiança na condução do processo e no debate interno. “Esperamos que vença o melhor projeto para fazer a Rede avançar”, afirmou o comunicado, sinalizando que o foco do Congresso deve ser o fortalecimento do partido e sua atuação na política brasileira.

Serenidade e respeito

A postura da Rede Sustentabilidade diante das acusações é de serenidade e respeito ao processo democrático interno do partido. Ao mesmo tempo que reafirma seu compromisso com a ética e a legalidade, a Rede enfrenta o desafio de combater a disseminação de desinformação e de manter a unidade entre seus membros.
Com a proximidade do Congresso Nacional da legenda, o desfecho dessa disputa interna será fundamental não apenas para o futuro da Rede, mas também para sua capacidade de se posicionar como uma alternativa política relevante no país. Enquanto isso, a Comissão Eleitoral informa que segue firme em sua missão “de garantir um processo transparente e legítimo, reforçando a importância de uma democracia partidária sólida e respeitável”, como afirma Paulo Miranda, membro titular da Comissão Nacional Eleitoral da Rede Sustentabilidade